Baseado no uso do QR Code, bancos e fintechs estão se preparando para oferecer o Pix a partir de novembro.
Um novo meio de pagamento rápido, confiável e com custos mínimos – esse é o Pix, um sistema de transações financeiras instantâneas que estreará no Brasil em 16 de novembro de 2020.
Em fase de homologação pelo Banco Central Brasileiro (Bacen), o Pix já tem mais de 900 instituições que solicitaram a adesão ao sistema, dos quais 300 serão participantes diretos da plataforma e servirão de intermediário para que instituições de pagamento participem indiretamente da estrutura e possam oferecer produtos e serviços eficientes a seus clientes.
Criado, em um primeiro momento, para uso em aplicativos para smartphone, o uso do Pix será baseado na leitura de QR Codes estáticos (em produtos de varejo, por exemplo) e QR Codes dinâmicos (para movimentações futuras, como contas a vencer ou transferências bancárias).
Sendo um sistema de pagamento instantâneo (SPI), ele conviverá com o atual Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), que é a plataforma que já abriga todos os meios de pagamento existentes no Brasil, como DOC, TED, cartão de débito e boletos.
As principais características do Pix são a agilidade e a disponibilidade. As transferências via DOC tomam um dia útil e têm limite de valor, e as operações em TED podem levar algumas horas para serem efetivadas (além dos dados que o usuário precisa inserir para que a operação aconteça). Ambos os meios também têm um limite de horário.
Já no Pix, as operações podem acontecer 24h por dia e sete dias por semana, inclusive em feriados. Além disso, sua efetivação é instantânea porque essas operações acontecem em até 15 segundos; no caso de valores muito altos, a operação pode levar até 40 segundos. Assim como o TED, o Pix não tem limite para o valor movimentado.
De acordo com Luiz Magalhães, engenheiro de software da South System, empresa parceira de tecnologia do Banco Topázio, essa agilidade se deve, em parte, a um recurso chamado DICT, sigla para “Diretório Identificador de Contas Transacionais”, que é uma chave de endereçamento.
“Essa chave serve para identificar o usuário dentro do Pix, ao realizar uma transação. Ao aderir ao Pix, o cliente poderá usar seu número de telefone, seu e-mail ou seu CPF como chave. Qualquer pessoa que for realizar um pagamento para esse usuário consultará essa chave e os dados necessários para a transação já estarão completos”, explica Magalhães. “O processo é automatizado e, como todos os dados já estão presentes, a transação será muito mais simples”, reitera o engenheiro.
– Transferências de valores em tempo real (processo ponta a ponta deve levar, no máximo, 40 segundos);
– Transações online fora do horário bancário disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana, inclusive feriados;
– Taxas menores em comparação aos serviços oferecidos atualmente pelos bancos;
– Novos modelos de negócios sustentáveis, com a mudança dos meios de pagamentos existentes hoje no Brasil, beneficiando pessoas físicas, empresas, governo em camadas distintas de prestação de serviço, e-commerce e lojas físicas de varejo;
– Realização de saques em redes varejistas e comércio;
– Conveniência e comodidade
Com funcionamento regulamentado e operacionalizado pelo Bacen, o Pix será disponibilizado no país pelos bancos e demais instituições autorizadas, chamadas de “participantes diretos”. São essas instituições que poderão abrir contas no sistema de pagamento, chamadas de “Contas PI”, servindo de intermediários a outras instituições que poderão oferecer o Pix a seus clientes, indiretamente.
Essas empresas são chamadas de “participantes indiretos”, porque aderem ao Pix a partir dos participantes diretos.
Por ser pensado exclusivamente para uso em smartphones, o Pix precisa obrigatoriamente de um aplicativo para celular. Este aplicativo deve ser oferecido pelos bancos comerciais, como o Banco Topázio, ou instituições de pagamento – como o Mercado Pago, PagSeguro, PicPay, entre outros – aos seus clientes.
Serão obrigados a utilizar o Pix as instituições que possuírem mais de 500 mil contas ativas. Já para os participantes indiretos a participação no Pix é facultativa, assim como para o cliente final – correntista de banco comercial ou cliente de instituições de pagamento e financeiras – podendo escolher quaisquer outras formas de pagamento atuais.
No entanto, Magalhães enfatiza que “o cliente não precisa usar, mas o Pix vem para somar, criando um conceito de pagamento de uma forma mais simples”.
– P2P – pessoas físicas;
– P2B e B2P – pessoas físicas e empresas;
– B2B – empresas;
– P2G e B2G – pessoas físicas e órgãos governamentais, e entre empresas e órgãos governamentais;
– G2P e G2B – órgãos governamentais e pessoas físicas, e entre órgãos governamentais e empresas
O Banco Topázio é uma das instituições diretamente aderida ao sistema Pix, e que servirá de acesso a outras instituições cuja adesão ao sistema é indireta, através do Bank as a Service.
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