Com o Pix, a agilidade no uso do código tende a facilitar o dia a dia no varejo e em transações bancárias.
O Pix, sistema de pagamentos instantâneos desenvolvido e regulamentado pelo Bacen, entrará em funcionamento a partir de 16 de novembro deste ano. Em fase de homologação, instituições financeiras, fintechs e outros participantes que integrarão direta e indiretamente o sistema estão fazendo o trabalho técnico requerido para o lançamento da nova forma de pagamento.
O Pix promete dar uma velocidade sem precedentes à realização de transações financeiras, como pagamentos, recebimentos e transferência de valores entre pessoas, empresas e governo. Isso ocorrerá porque as operações poderão ser realizadas 24 horas por dia, sete dias por semana, e levarão até 40 segundos para serem efetivadas. E essa é uma grande evolução em relação ao sistema vigente agora.
Uma parte dessa velocidade se deve justamente a um dos formatos escolhidos pelo Bacen para a realização dessas operações: o QR Code.
O consultor Alex Gracioli, da South System, empresa parceira do Banco Topázio, explica que o QR Code (Quick Response Code, ou código de resposta rápida) funciona como um código de barras “bidimensional”, com informações decodificadas tanto na horizontal quanto na vertical.
“Ele propicia a inclusão de mais dados que um código de barras e basta ter uma câmera no smartphone direcionado para o código”. A leitura do QR Code pode iniciar um processo de pagamento, levar a um endereço específico na internet e outras finalidades.
Segundo Gracioli, “ele é tão seguro quanto o chip de um cartão, então o Bacen viu no QR Code uma possibilidade interessante para trazer uma experiência melhor na utilização do PIX”, analisa. O QR Code tem vantagens de agilidade e, portanto, de competitividade com meios de pagamento como a transferência via TED, que demanda a inclusão de dados manualmente para que o usuário possa fazer a operação financeira, tornando a transação sujeita a falhas.
Além disso, o próprio uso do QR Code se alinha com a proposta de agilidade do PIX. No caso de compras virtuais, detalha Gracioli, as informações contidas no QR Code uniformizam e podem automatizar o processo que vai da efetivação da compra ao despacho do produto.
O Pix prevê a utilização de dois tipos de QR Code: o estático e o dinâmico. Segundo o regramento do Bacen, a diferenciação entre ambos os códigos se dá da seguinte forma:
– É exclusivo para cada transação;
– Permite inclusão de valor e diversas outras informações sobre a transação realizada, como os dados de quem recebe o pagamento;
– Um sistema gera códigos para diferentes tipos de transação;
– Facilita a automação comercial.
– Um código pode ser usado para diversas transações;
– Permite definir um valor e informações fixas para cada produto ou serviço;
– Ideal para pequenos varejistas, prestadores de serviço e pessoas físicas.
Na prática, quando é dinâmico, o QR Code pode ser usado para o pagamento de uma compra dentro de um e-commerce.
Se a forma de pagamento escolhida for o Pix, a loja emite um QR Code dinâmico com o valor da compra e com seus dados, e o consumidor paga apontando a câmera para o código.
O consumidor faz o pagamento apontando a câmera para o QR Code
Já o QR Code estático será muito utilizado em locais que têm um único produto, como um um restaurante de buffet livre. “Na hora de pagar, se a pessoa só consumiu o almoço, sem incluir outros itens, precisa apenas apontar o celular para o QR Code com valor do almoço, paga e já está liberado, o que agiliza os pagamentos e diminui a fila”, explica Gracioli. Em resumo, o processo facilita o dia a dia dos pequenos varejistas.
Outra vantagem do QR Code está na diferença de funcionamento em relação a outra forma de pagamento atual, o NFC (Near Field Communication, ou comunicação por proximidade de campo, na tradução literal).
Nessa modalidade, a operação é feita a partir da aproximação entre dispositivos equipados com essa tecnologia – entre um smartphone, ou relógio, ou pulseira, e uma máquina de cartões, por exemplo.
“A diferença do QR Code é que, sendo uma impressão visual, basta ter um smartphone com uma câmera. Nem todos os dispositivos têm a tecnologia NFC, o que dificulta a disseminação desse tipo de tecnologia”, lembra Gracioli.
Segundo ele, a facilidade de uso do Pix está muito atrelada ao QR Code. “Em dado momento as pessoas vão associar o QR Code ao próprio Pix”, acredita o consultor.
“Creio que foi acertada a decisão do Banco Central, de usar essa tecnologia, que vem crescendo e vai se popularizar bastante”, conclui.
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